
Entre as criações em barro, madeira, palha e sementes, o artesanato de Juazeiro do Norte se destaca pela diversidade cultural. As peças produzidas pelos artesãos locais vão além das fronteiras do município, ganhando reconhecimento nacional e até internacional. A arte feita aqui, também fomenta a economia criativa local.
Com técnicas transmitidas de geração em geração, o fazer artesanal segue vivo por meio de oficinas e projetos comunitários que valorizam e preservam esse patrimônio cultural. O Centro de Artesanato Municipal Maria Cândido é um dos espaços que fortalecem essa tradição, promovendo aprendizado e troca de saberes.
"Há trinta e três anos sou artesã. Comecei quando tinha quinze anos trançando palhas de milho e produzindo bolsas, flores e outros produtos. Já fui para mais de quarenta lugares levando, ensinando e comercializando o que aprendi", conta Célia Freitas, artesã e integrante da associação Genipoart, que recentemente ministrou uma oficina no Centro de Artesanato.
A artesã Liliane Albuquerque também representa essa força criativa. Autodidata, transformou o artesanato em profissão e, ao longo dos anos, passou a compartilhar seus conhecimentos com outras pessoas. Durante a última semana de outubro, ela ministrou a oficina de personalização de sandálias, incentivando a autonomia financeira e a continuidade das tradições manuais.
Para o secretário municipal de Cultura, Renato Wilamis, "o artesanato é uma das expressões mais fortes da nossa identidade. Quando a gente incentiva essas oficinas e cria espaços de troca, como o Centro de Artesanato Municipal, estamos fortalecendo não só a economia, mas também a cultura viva de Juazeiro do Norte".
No Centro de Artesanato, as oficinas seguem sendo realizadas semanalmente até o dia 19 de dezembro. Realizadas pela Prefeitura de Juazeiro do Norte, por meio da Secretaria de Cultura de Juazeiro do Norte (Secult), envolvem artesãos de diferentes segmentos, estimulando o aprendizado de novas técnicas de saberes tradicionais e autonomia financeira para os participantes.
Ainda segundo o secretário de Cultura, "cada peça feita pelas mãos desses artesãos carrega a história do nosso povo, a fé, o trabalho e a criatividade que fazem parte do que somos".