Neste sábado, 22, Juazeiro do Norte será palco da II Marcha Trans do Cariri, evento que busca dar visibilidade e voz às pautas da população trans e travesti da região. Com o apoio do Núcleo de Diversidade e Gênero (NUDG) da Prefeitura de Juazeiro do Norte e organizada pelo Coletivo Trans e Travesti do Cariri (CTRANS), juntamente com 52 entidades pró-LGBTQIA+, a marcha acontece dentro do Mês da Visibilidade Transmasculina e traz como tema: "TRANSformando Direitos: Cotas, Saúde e Respeito!". A concentração será às 8h, na Praça Dirceu Figueiredo (Praça da Prefeitura), e contará com diversas atividades, como a pré-inscrição para retificação de nome e gênero, realizada pela Associação Cearense de Diversidade e Inclusão (ACEDI), além da leitura de um manifesto e intervenções artísticas que celebram a resistência e a memória de pessoas trans e travestis. A marcha levanta como principais reivindicações a implementação de cotas para pessoas trans nas universidades públicas da região e a criação de um ambulatório trans no Cariri. Atualmente, apenas 23 universidades públicas no Brasil adotam políticas de cotas específicas para pessoas trans. Em 29 de janeiro, o coletivo CTRANS enviou uma carta às Universidades Regional do Cariri (URCA) e Federal do Ceará (UFC), solicitando a adoção de cotas que complementem as já existentes para pessoas negras e de baixa renda, como forma de reparação histórica às desigualdades sociais e educacionais. Outro ponto central é a criação de um ambulatório trans na região, que ofereça suporte psicológico e acompanhamento hormonal gratuito. A falta de acesso a serviços médicos especializados e o desrespeito ao nome social e à identidade de gênero são desafios que a marcha busca enfrentar.