Foto: Josimar Segundo
A reforma e restauração do Centro Cultural Daniel Walker Almeida Marques, a RFFSA Juazeiro, tiveram início nessa segunda-feira, 23, com o processo de limpeza e desobstrução do prédio. O prazo de término dos trabalhos é de 180 dias. O projeto de reforma é uma parceria entre a Prefeitura e a Unileão.
O prédio vai passar pelo processo de inspeção minuciosa do telhado, uma vez que existem danos ao madeiramento visíveis a olho nu e, muito provavelmente, outros pontos ocultos de fadiga material e deterioração. Também haverá a substituição do piso, que atualmente está com um piso industrial de padrão contemporâneo, que será substituído pelo ladrilho hidráulico e granilite.
Serão construídos banheiros acessíveis, dependências administrativas, um restaurante, espaço de exposição fixa e espaço de exposição temporária. O processo contemplará a aplicação da cor original do prédio, evidenciada após prospecção na pintura e a preservação do reboco original.
O secretário de Cultura, Vandinho Pereira, enfatiza que o equipamento foi subutilizado durante um período e ele nunca tinha passado por uma restauração do porte que irá receber agora. O equipamento abrigará um espaço cultural, de exposições, de comercializações e também irá dispor de um espaço de convivência com um café bistrô. "Será um ponto turístico. E deve ser dado destaque a sua importância histórica, por ser um dos equipamentos responsáveis pelo nascimento do desenvolvimento econômico de Juazeiro do Norte, trazido pelo Padre Cícero, sendo inicialmente uma estação em um campo deserto, e a partir dela surgiram os trens de carga e depois de transporte de passageiros, o que influenciou no desenvolvimento da nossa cidade", relata.
Segundo o historiador da Secretaria de Cultura, Roberto Júnior, a importância da estação ferroviária abarca vários eixos, desde sua arquitetura, passando pelo processo de articulação política dos líderes de Juazeiro do Norte, em especial o Padre Cícero Romão Batista. Assim como seu papel como vetor de desenvolvimento urbano e econômico, e o processo de valorização do patrimônio ferroviário, ainda carente de iniciativas no país.