Em busca de fortalecer o debate sobre o bem viver, saúde mental e a luta antimanicomial, assistidos e servidores dos Centros de Atenção Psicossocial - Caps participaram, na última quarta-feira, 9, da Farinhada da Educação Popular'. A ação, organizada pela Articulação dos Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS) junto ao Centro Cultural do Cariri, marcou a retomada do movimento. O momento contou com a presença de outros municípios, como Crato, Missão Velha e Barbalha. Cerca de 30 representantes de Juazeiro do Norte estiveram presentes.
De acordo com Rocineide Ferreira, educadora popular, a ação com o termo Farinhada' é uma ressignificação da herança e cultura indígena no processo de transformação da mandioca em farinha. No período colonial, as famílias se reuniam para produzir o alimento, e intercalava o trabalho com cantos e brincadeiras. "O encontro traz essa dimensão da farinhada, ressignifica esse fazer prazeroso, na forma de partilha das vivências e experiências de cada grupo ou movimento", explica.
A programação contou com intervenções dos participantes, além de manifestações culturais e artísticas contextualizando o trabalho desenvolvido pela política de Educação Permanente em Saúde. Os presentes ainda aproveitaram um pic-nic, onde dialogaram sobre os desafios e perspectivas acerca do tema. Para Lindicássia Nascimento, poeta, o encontro foi uma mistura de arte, vida e poesia com a ciranda do bem viver. "A cura da saúde mental também está no bem viver", reforça.
As Farinhadas' continuarão ocorrendo mensalmente, como estratégia de fortalecimento dos princípios da Reforma Psiquiátrica e da Educação Popular em Saúde. Para participar das próximas ações, basta entrar em contato com o CAPS do bairro em que reside, informando o interesse em contribuir com o momento.