A Escola Municipal Governador Manoel de Castro Filho promoveu, nesta quinta-feira, 30, uma caminhada em combate às diversas formas de violência contra a mulher. Mais de 200 alunos, das turmas do 6º ao 9º ano, participaram do momento. A atividade integra o Projeto "Viver Sem Violência: Educar para Transformar", desenvolvido pela unidade.
O momento de sensibilização passou pelas principais ruas no entorno da escola, no bairro Tiradentes, onde foram distribuídos panfletos explicativos sobre os diversos tipos de violência contra a mulher. A Patrulha Maria da Penha também esteve presente na ação. O Subinspetor da Patrulha, Fernando Félix Fernandes, falou sobre a importância da iniciativa. "Temos que conscientizar a população sobre este tema além do dia 8 de março. Essa luta tem que ser diária e é fundamental que ações, como esta, sejam desenvolvidas nas escolas," pontuou.
A pedagoga e uma das responsáveis pelo projeto, Adriele Vieira, explica que a atividade tem o intuito de prevenção, estimulando práticas cotidianas que promovam a cultura de paz e o empoderamento feminino, evidenciando a educação como mecanismo transformador. "Temos que sensibilizar as famílias, pais e filhos, educadores e alunos sobre a temática, levando esclarecimento quanto aos seus direitos e alertando quanto à necessidade de quebrar o silêncio e buscar o apoio necessário junto aos órgãos competentes".
O plano de ação do projeto visa uma discussão com a comunidade escolar, com intuito de mobilizar a reflexão e ação sobre a temática. As atividades continuarão durante todo o ano letivo, com rodas de conversa, palestras, produção de murais, grupos de discussão e constituição do coletivo feminino da unidade escolar.
A aluna do 9º ano, Janyevellen Santos, destacou que o momento possibilita a discussão de um assunto que precisa ser debatido dentro e fora da sala de aula. "É importante porque a sociedade não pode mais admitir atitudes violentas e de objetificação de nós, mulheres", destaca.
A assessora Especial da Secretaria de Educação e Presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher - COMDEM, Lucélia Sampaio, destacou que a escola é um local de formação, ideal para explicar aos jovens os vários tipos de violências que as mulheres podem estar submetidas, para que eles sejam multiplicadores dessa mobilização e dessa rede de apoio.